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Saúde

“Não sei se é estigma, mas muitas vezes os médicos de família são o parente pobre. Só se lembram de nós quando as coisas se complicam”

“Não sei se é estigma, mas muitas vezes os médicos de família são o parente pobre. Só se lembram de nós quando as coisas se complicam”
Luis Alvarez

Nesta entrevista que junta o 40º aniversário da Associação Nacional de Medicina Geral e Familiar e o Dia do Médico de Família, o médico Nuno Jacinto, presidente da associação dos Médicos de Família, elenca as dores de crescimento de uma especialidade médica que diz ser olhada como “parente pobre” da medicina e que, simultaneamente, é vista por todos como “a base” do Serviço Nacional de Saúde. Porque faltam médicos? E onde? Como não pára de crescer o número de portugueses sem médico de família?

Começo por um número impossível de fintar: quase 1,7 milhões de portugueses estão sem médico de família, entre eles mais de um milhão é na região de Lisboa e Vale do Tejo. Como é que isto se consegue explicar?
O milhão e 700 mil a nível nacional tem alguma justificação aritmética simples. Ao longo dos últimos anos cada vez mais médicos saíram do sistema do que os que entram. Isto acontece por duas grandes razões: uma delas é porque estamos a viver um pico de reformas, sobretudo em 2022, 2023 e 2024; outra é porque temos tido imensa dificuldade em captar e reter no Serviço Nacional de Saúde (SNS) os médicos de família ao longo dos anos. O número de médicos que terminaram a sua especialidade e que ficam no SNS é um número cada vez menor.

Uma notícia recente dá-nos conta de candidatos para apenas 40% das 900 vagas, no último concurso.

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