Religião

Papa Leão XIV critica riscos da inteligência artificial para a dignidade humana: "acesso a dados não pode ser confundido com inteligência"

Papa Leão XIV
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VATICAN MEDIA HANDOUT

Durante a primeira missa para influenciadores digitais católicos no Vaticano, o Papa defendeu que a Inteligência Artificial não pode ultrapassar os limites do respeito pelo ser humano

O Papa alertou esta terça-feira para o perigo de a dignidade humana estar ameaçada pelo uso crescente da inteligência artificial (IA) e numa era dominada pela "ciência e tecnologia".

"Nada que venha do homem e do seu engenho deve (...) minar a dignidade dos outros", disse Leão XIV, durante a primeira missa para influenciadores digitais católicos organizada no Vaticano.

"Vivemos hoje numa nova cultura, profundamente moldada e construída com e pela tecnologia. Cabe-nos a nós, a vós, garantir que essa cultura se mantém humana", disse Leão XIV, dirigindo-se aos participantes, que o receberam com gritos e aplausos, ao mesmo que tiravam várias fotografias com telemóveis.

"Hoje, numa cultura onde a dimensão digital é omnipresente, num momento em que o nascimento da Inteligência Artificial marca uma nova geografia na vida dos indivíduos e da sociedade como um todo, este é o desafio que devemos assumir", considerou.

Em junho, o líder da Igreja Católica já tinha alertado para as possíveis consequências da IA no desenvolvimento intelectual dos jovens.

"Estamos todos (...) preocupados com o destino das crianças e dos jovens, e com as possíveis consequências da utilização da IA no desenvolvimento intelectual e neurológico", avisou Leão XIV, numa mensagem então dirigida aos participantes da segunda Conferência Anual de Roma sobre IA.

"Nunca nenhuma geração teve acesso tão rápido à quantidade de informação agora disponível graças à IA. Mas, mais uma vez, o acesso aos dados, por mais vasto que seja, não deve ser confundido com inteligência", defendeu o Papa.

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