O Expresso visitou Chiclayo, diocese peruana onde o atual Papa Leão XIV foi missionário. Radiantes com a sua eleição, os moradores locais elogiam um homem que “ajudava todos”
Em Chiclayo, no Peru
As gentes de Chiclayo, que se sentem abençoadas desde a passada quinta-feira, saíram à rua no sábado para festejar, numa missa multitudinária de ação de graças, porque o novo Sumo Pontífice é um dos seus. Tanto assim é que só o orgulho os leva a chamar-lhe Papa. Robert Francis Prevost continua a ser, para quase todos eles, o “Padrecito Roberto”.
“Como não dar graças a Deus? Esteve entre nós, viveu aqui, aprendeu aqui, deixou-se evangelizar pelo povo simples e fiel da nossa terra. Bebeu da religiosidade popular”, resume Edinson Farfán, sucessor do agora Papa na diocese de Chiclayo. Foi ele quem defendeu com unhas e dentes o novo chefe da Igreja Católica face aos ataques e campanhas de desprestígio de organizações extremistas locais, como a famosa Sodalício da Vida Cristã, semelhante a uma seita. Foi dissolvida pela Santa Sé, em janeiro, após décadas de denúncias por abusos sexuais e psicológicos.
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