Religião

Igreja alarga prazo para vítimas de abusos sexuais pedirem indemnização

Igreja alarga prazo para vítimas de abusos sexuais pedirem indemnização
PAULO CUNHA

Conferência Episcopal aprovou algumas “clarificações” ao regulamento das compensações financeiras às vítimas, prolongando até março o prazo para pedidos de indemnização

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) vai “dar mais tempo” às vítimas para requererem uma indemnização pelos abusos sexuais que sofreram no seio da Igreja, prolongando até ao final de março o prazo para a apresentação dos pedidos de compensação financeira.

No final da Assembleia Plenária, que decorreu desde segunda-feira em Fátima, a CEP anunciou algumas “clarificações” ao regulamento das compensações às vítimas, esclarecendo que estes processos, sem caráter judicial, “se justificam com o especial dever de solidariedade da Igreja para com as vítimas” e “não devem ser confundidos com perícias médico-legais”.

Para evitar a “revitimização” de quem faz o pedido de indemnização, a pessoa que sofreu os abusos não terá de voltar a contar o que sofreu se o seu relato já for do conhecimento do Grupo VITA, que faz o acompanhamento psicológico das vítimas de abusos no contexto da Igreja, das Comissões Diocesanas ou dos Institutos Religiosos.

Em comunicado, a Conferência Episcopal diz prever que todos os processos de indemnização fiquem concluídos até ao final do próximo ano.

Em abril, a Igreja aprovou a criação de um fundo para as compensações financeiras a atribuir às vítimas de abusos. O processo reúne os pedidos apresentados ao Grupo VITA e às comissões diocesanas de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis.

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