Lisboa

Caso Russigate: Carlos Moedas promete recorrer “até ao limite” para proteger “contribuintes”

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas
Horacio Villalobos

A Câmara de Lisboa foi condenada ao pagamento de 738 mil euros por 65 contraordenações ao Regulamento Geral de Proteção de Dados. Em causa está a divulgação de dados pessoais de ativistas russos em 2021

A Câmara de Lisboa vai recorrer até ao limite no processo conhecido como Russiagate para proteger os contribuintes, ainda que assumindo como um erro a partilha de dados de ativistas, disse esta quarta-feira o presidente da autarquia.

O social-democrata Carlos Moedas falava aos jornalistas à margem de uma visita ao quartel de Alvalade do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa.

O Tribunal Central Administrativo Sul considerou improcedente o recurso da Câmara de Lisboa relativo à decisão de multar o município num valor superior a um milhão de euros – entretanto reduzido – pela partilha de dados de ativistas russos que promoveram uma manifestação na cidade, junto à embaixada da Rússia, em 2021.

A notícia avançada hoje pelo Diário de Notícias, e confirmada pela Lusa, é referente a uma decisão tomada na sexta-feira, a que o jornal teve acesso e na qual as juízas responsáveis referem que a outra conclusão não pode chegar-se senão a de que o município de Lisboa agiu com dolo, uma vez que resulta demonstrado que as suas condutas são violadoras de deveres de natureza administrativa, e o município de Lisboa tinha consciência dessa violação.

Esta é a segunda derrota da Câmara de Lisboa na justiça no âmbito de uma multa de 1,25 milhões de euros, aplicada pela Comissão Nacional de Proteção de Dados à autarquia, em 2022, por violações do Regulamento Geral de Proteção de Dados ao comunicar os dados pessoais dos promotores de manifestações a entidades terceiras”.

O valor inicial da multa aplicada ao município foi sendo reduzido, devido à prescrição de algumas contraordenações, sendo agora de 738 mil euros. De acordo com o Diário de Notícias, este valor corresponde à prática de 65 contraordenações.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate