
Enquanto um museu de Cantanhede soma visitantes em busca das memórias de infância, repositórios e editoras de jogos provam que o ZX Spectrum ganhou uma nova vida
Enquanto um museu de Cantanhede soma visitantes em busca das memórias de infância, repositórios e editoras de jogos provam que o ZX Spectrum ganhou uma nova vida
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Carlos Maia Nogueira levou a Solbi ao topo de vendas de computadores pessoais em Portugal no início deste século, mas 20 anos antes já tinha no currículo outras proezas como líder da Landry e importador oficial dos computadores ZX Spectrum. “Provavelmente fui o primeiro falsificador de jogos do país. Tinha mais de 40 gravadores de cassetes a fazerem cópias de jogos originais que comprávamos em Londres. Até os revendedores faziam o mesmo. Era uma rebaldaria, mas também era normal”, recorda-se empresário.
Passados mais de 40 anos, a “rebaldaria” deu lugar a uma segunda juventude. A venda dos últimos ZX Spectrum terminou em 1991, mas esse foi apenas o fim oficial desta família de computadores que usavam cassetes, que começou na Sinclair, passou pela Amstrad e evoluiu com a Timex. “Na Europa de Leste chegaram a ser desenvolvidas mais de 150 versões não oficiais”, recorda João Diogo Ramos, mentor do museu Load ZX que reúne, em Cantanhede, mais de 4000 artefactos e é um dos principais “santuários” da marca Sinclair no mundo.
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