Design: a visibilidade do positivo

Uma das tarefas mais importantes de um designer de comunicação é fazer parte da construção de uma solução para o enorme desafio que é passar uma mensagem, seja ela qual for, de um emissor para um receptor. Esta ideia de que em algum momento seremos capazes de o fazer na perfeição, sem que nada se perca, sem “lost in translation”, é perseguida por nós sempre que falamos uns com os outros, tentando partilhar o que queremos, como o queremos e porque o queremos ou, ainda, o que achamos ou sentimos. Como se em algum momento o outro conseguisse realmente perceber, na totalidade e sem zonas cinzentas, o que tentamos dizer e partilhar. É uma bela utopia, esta, mas é uma das que nunca poderemos desistir de tentar alcançar.

Na semana passada recebi no escritório um livro da Phaidon Press, editora originalmente inglesa, na área da cultura, para a qual também já escrevi sobre design. Foi enviado pelo autor, um designer austríaco que vive em Nova Iorque, com quem trabalho há inúmeros anos, Stefan Sagmeister. Stefan não é só um designer de comunicação, um dos melhores do mundo, é também um criativo de excepção e uma das pessoas mais gentis, cultas e inovadoras que conheço. E tem uma particularidade única no seu trabalho que é uma enorme devoção pelo pensamento disruptivo, com ângulos inesperados, mas também pela beleza, pelo lado brilhante da vida, por aquilo que é positivo. Este livro chama-se “Now Is Better” e faz parte de uma série de projectos que Stefan tem desenvolvido sob o mesmo nome e sobre a mesma ideia: vivemos agora, globalmente, tempos melhores do que alguma vez vivemos enquanto espécie. E, em momentos em que somos acima de tudo bombardeados com más notícias e com problemas massivos, convém não esquecer o que de positivo já alcançámos.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.