“Pode falar de pé ou sentado. Tem aí uma cadeira, que pode usar se estiver cansado”. Apesar da mensagem da juíza Ana Paula Rosa, Manuel Pinho não se senta. Fala de pé durante toda a manhã, na segunda sessão do julgamento em que é acusado de dois crimes de corrupção passiva, um de branqueamento de capitais e outro de fraude fiscal. O antigo ministro da Economia de José Sócrates (2005 a 2009) vai percorrendo um sinuoso caminho argumentativo, recuando e avançando na fita do tempo, com um só objetivo: desmontar, ponto a ponto, a tese do Ministério Público. “Eu não me ia estar a meter em alhadas!”, dirá, a meio da manhã, ao falar do dinheiro que recebeu do Grupo Espírito Santo (GES) depois de ter ido para o Governo.
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