Católicos LGBT+ apedrejados por grupo durante a JMJ
Jovens da comunidade LGBT+ foram atacados por católicos durante uma vigília, sendo a segunda vez que foram alvo de discriminação naquela noite. Apesar de não terem sofrido danos físicos, queixam-se da falta de apoio das autoridades
Cinco peregrinos que pertencem a um centro de reflexão sobre temas LGBT+ sofreram insultos, empurrões e apedrejamentos durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
Ao quinto dia da JMJ, o grupo de jovens foi atacado por católicos durante uma vigília, sendo a segunda vez que foram alvo de discriminação naquele noite.
Apesar de não terem sofrido danos físicos, queixam-se de falta de apoio das autoridades. O Centro Arco-Íris, que acompanhou os jovens desta comunicado durante a Jornada, revela que a falta de apoio deixa marcas profundas.
“Fomos abordados por um conjunto de jovens do sexo masculino. (…) Estes empurraram-nos, atiraram-nos com pedras e foram ameaçando várias vezes a nossa integridade física”, referiu um membro do Centro Arco-Íris. O Centro acrescenta que contactaram a polícia e que “[se] recusaram a vir ao local, àquela zona específica. Ligamos ao 112, que disse que viria ao nosso auxílio, não veio”.
Os católicos LGBT+ convidam, agora, os organizadores da JMJ, sediadas em Lisboa ou no Vaticano, a reunirem-se para perceberam quais as necessidades desta comunidade na igreja.
Foram várias as queixas por parte de grupos LGBT+ de importunações durante a JMJ. Uma missa organizada por uma associação de católicos LGBT+ acabou a ter de mudar de localização à última da hora por razões de segurança: após vários dias de ameaças nas redes sociais, um grupo de fanáticos religiosos ultraconservadores invadiu a cerimónia e foi retirado e identificado pela PSP.