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Jornada Mundial da Juventude

O “cheiro de mar” em Lisboa, os poetas, as fronteiras na Europa e as críticas à eutanásia: o primeiro discurso do Papa em Portugal

O “cheiro de mar” em Lisboa, os poetas, as fronteiras na Europa e as críticas à eutanásia: o primeiro discurso do Papa em Portugal
NUNO BOTELHO

Papa alerta Europa sobre o presente, da guerra à crise dos refugiados. Saltando entre Pessoa e Amália, Francisco fala para os jovens sobre trabalho, casa, custo de vida. E voltou a repetir às críticas à despenalização da morte medicamente assistida - um “remédio rápido e errado”. O auditório do CCB encheu-se, com os membros do Governo em destaque

É um Papa "feliz por estar em Lisboa", exultando com o Oceano que limita o país mais ocidental da Europa e com "o cheiro" da capital portuguesa. Francisco arranca a presença na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) com um discurso de elogio ao país, evocação de poetas e escritores e do papel do mar na vida portuguesa. Mas também deixando críticas e avisos ao continente, umas sobre a guerra na Europa e crise permanente dos refugiados, e outras sobre questões sociais, como o aborto e a eutanásia (o Papa voltou à crítica à lei aprovada pelo Parlamento português, que tinha feito há três meses).

A posição de Portugal junto ao Atlântico foi o ponto de partida escolhido pelo Papa para um discurso feito de avisos. O Oceano, disse Francisco, lembra-nos a importância de conceber as fronteiras "não como limites que separam", mas como "zonas de contacto", de uma Europa que deve ser "construtora de pontes". O que o Papa vê hoje é bastante diferente: um mundo "dividido", ou "não suficientemente unido", em parte por falta de vontade, como deixou subentendido em vários momentos do discurso. Pediu por isso à 'velha Europa' que recupere o "impulso de abertura universal".

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