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Svitlana, Omer, Farid: de que são feitos os alicerces das suas novas vidas em Portugal?

Svitlana Berezhna a falar da sua profissão, designer de moda, na Casa das Histórias da Paula Rego em Cascais
Svitlana Berezhna a falar da sua profissão, designer de moda, na Casa das Histórias da Paula Rego em Cascais
D.R.

Svitlana Berezhna tem medo que a guerra dure o tempo de o seu filho fazer 18 anos, Farid saiu do Afeganistão sem saber sequer o seu último nome, Omed fez parte da primeira família afegã de sempre a ser acolhida em Portugal e, para que mais ninguém tivesse que viver o total vazio de auxílio que ele viveu, criou uma associação de ajuda a afegãos. Três refugiados partilharam com o Expresso as suas histórias de vida, num evento promovido por Portugal com ACNUR, em Cascais, para marcar o dia internacional do refugiado

Svitlana, Omer, Farid: de que são feitos os alicerces das suas novas vidas em Portugal?

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Em Puli Khumri, no norte do Afeganistão, onde Farid Walizadeh cresceu, havia um rio. Aprendeu a nadar depois de aprender a andar, para ele eram só duas modalidades da locomoção humana, não era uma competência especial - até ser.

Tinha “oito ou nove anos” quando o tio o mandou fugir do Afeganistão, com um grupo de cerca de 50 pessoas que não conhecia. “Deixa-me mostrar-te uma fotografia. Olha, este sou eu. Foi com esta idade que saí do Afeganistão”, diz Farid.

Abre no telemóvel a imagem de um documento escrito em turco, com a fotografia de uma criança, cabelo espetado e olhos vivos. Os pais de Farid abandonaram o Afeganistão pouco depois do início da terceira guerra civil afegã (1996-2001) e deixaram-no, quase recém-nascido, com uma amiga da família. Levá-lo seria aceitar que morreria.

Essa sua nova mãe morre de tuberculose e o tio não é segundo pai.

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