Sociedade

Estudo revela que PISA tem “problemas metodológicos”: basear políticas educativas no programa é “um erro”

Foto: GETTY IMAGES
Foto: GETTY IMAGES

“Se um Governo afunilar a sua afinação de políticas pelo PISA está a cometer um erro crasso e a limitar bastante a capacidade de ler as políticas”, alerta o coordenador do estudo

O Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA, na sigla global), ao qual respondem, a cada três anos, os estudantes de 15 anos, apresenta ”problemas metodológicos” e dificuldades recorrentes com as amostras. Estas “limitações” colocam em causa as conclusões retiradas do PISA, alerta um estudo, coordenado por António Teodoro, da Universidade Lusófona a que o jornal “Público” teve acesso.

“Não há manipulação”, precisa o coordenador, mas há “várias incoerências”. Um dos exemplos de “limitações” do estudo é a amostra portuguesa de 2018, uma vez que a taxa de resposta (76%) ficou abaixo do limite técnico inferior de 80% imposto pela OCDE.

“Se um Governo afunilar a sua afinação de políticas pelo PISA está a cometer um erro crasso e a limitar bastante a capacidade de ler as políticas”, alerta António Teodoro. As conclusões do estudo serão discutidas esta quarta-feira, numa conferência em Lisboa, onde participam especialistas internacionais e nacionais, entre os quais João Costa, secretário de Estado da Educação nos últimos seis anos.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate