Perante desafios e problemas cada vez mais complexos – entre o último encontro de reitores da rede Universia, em 2018, em Salamanca, e o realizado esta terça e quarta-feiras em Valencia, cinco anos depois, o mundo deparou-se com uma pandemia, uma guerra na Europa e uma crise inflacionistas – é na Universidade que podem ser encontradas as soluções para os problemas e formados os cidadãos que “liderarão as mudanças”, acreditam os cerca de 700 responsáveis por instituições de ensino superior em 14 países que se juntaram naquela cidade espanhola para discutir o presente e o futuro da Academia.
“Vivemos num mundo interligado e complexo, onde a tecnologia avança exponencialmente. Enfrentamos enormes desafios sociais e ambientais que exigem urgentemente soluções criativas, inovadoras e transformadoras. A sociedade sempre viu a Universidade como um farol que ilumina o caminho para o progresso”, lê-se no texto final da Declaração de Valência, subscrita no final do encontro por todos os intervenientes. E é nesse sentido que as instituições signatárias de declaração se comprometem a fazer as mudanças que permitam responde da melhor forma a esses desafios.
Ao todo, são sete compromissos que visam, sobretudo, garantir que o ensino, a investigação e a transferência de conhecimentos das universidades para a sociedade contribua para o “bem-estar e progresso das comunidades, do planeta e sociedade como um todo”.
Para isso, as universidades irão alargar e flexibilizar a sua oferta de formação para “diferentes etapas da vida adulta”, garantindo que todos possam ir aprendendo ao longo da vida, consoante as novas necessidades do mercado de trabalho. E a formação deve ser “integral”, incluindo conhecimentos, competências e valores que “aumentem a sua empregabilidade e os capacitem para o desenvolvimento de iniciativas empreendedoras e sustentáveis que respondam aos desafios atuais e futuros”.
Outros dos compromissos assumidos pelos responsáveis das instituições de ensino superior prende-se com a aposta na mobilidade “geográfica, virtual e intersetorial” dos seus estudantes, bem como o aumento da colaboração das universidades com governos, empresas e sociedade em geral, com o objetivo de “criar mais valor” para a comunidade.
Milhões para as universidades
Ao longo dos últimos 26 anos, o Banco Santander investiu 2.200 milhões de euros em apoios ao nível do ensino superior, através de bolsas aos alunos e ações de formação, chegando a mais de um milhão de alunos de 1500 instituições em 25 países.
Para o período entre 2023 e 2026, o banco conta investir mais 400 milhões de euros no fomento à educação, empregabilidade e empreendedorismo”, anunciou a presidente do Santander, Ana Botín.
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