Ensino

Reitores de 14 países comprometem-se a tornar a Universidade mais capaz de responder aos desafios sociais, ambientais e económicos

Reitores de 14 países comprometem-se a tornar a Universidade mais capaz de responder aos desafios sociais, ambientais e económicos

Cerca de 700 responsáveis de instituições de ensino superior estiveram reunidos durante dois dias em Valência. O encontro é organizado pela rede Universia do Santander e cujo programa de apoio à Universidade contará com mais de 400 milhões de euros entre 2023 e 2026, anunciou a presidente do banco, Ana Botín

Isabel Leiria, em Valência (Espanha)

Perante desafios e problemas cada vez mais complexos – entre o último encontro de reitores da rede Universia, em 2018, em Salamanca, e o realizado esta terça e quarta-feiras em Valencia, cinco anos depois, o mundo deparou-se com uma pandemia, uma guerra na Europa e uma crise inflacionistas – é na Universidade que podem ser encontradas as soluções para os problemas e formados os cidadãos que “liderarão as mudanças”, acreditam os cerca de 700 responsáveis por instituições de ensino superior em 14 países que se juntaram naquela cidade espanhola para discutir o presente e o futuro da Academia.

“Vivemos num mundo interligado e complexo, onde a tecnologia avança exponencialmente. Enfrentamos enormes desafios sociais e ambientais que exigem urgentemente soluções criativas, inovadoras e transformadoras. A sociedade sempre viu a Universidade como um farol que ilumina o caminho para o progresso”, lê-se no texto final da Declaração de Valência, subscrita no final do encontro por todos os intervenientes. E é nesse sentido que as instituições signatárias de declaração se comprometem a fazer as mudanças que permitam responde da melhor forma a esses desafios.

Ao todo, são sete compromissos que visam, sobretudo, garantir que o ensino, a investigação e a transferência de conhecimentos das universidades para a sociedade contribua para o “bem-estar e progresso das comunidades, do planeta e sociedade como um todo”.

Para isso, as universidades irão alargar e flexibilizar a sua oferta de formação para “diferentes etapas da vida adulta”, garantindo que todos possam ir aprendendo ao longo da vida, consoante as novas necessidades do mercado de trabalho. E a formação deve ser “integral”, incluindo conhecimentos, competências e valores que “aumentem a sua empregabilidade e os capacitem para o desenvolvimento de iniciativas empreendedoras e sustentáveis que respondam aos desafios atuais e futuros”.

Outros dos compromissos assumidos pelos responsáveis das instituições de ensino superior prende-se com a aposta na mobilidade “geográfica, virtual e intersetorial” dos seus estudantes, bem como o aumento da colaboração das universidades com governos, empresas e sociedade em geral, com o objetivo de “criar mais valor” para a comunidade.

Milhões para as universidades

Ao longo dos últimos 26 anos, o Banco Santander investiu 2.200 milhões de euros em apoios ao nível do ensino superior, através de bolsas aos alunos e ações de formação, chegando a mais de um milhão de alunos de 1500 instituições em 25 países.

Para o período entre 2023 e 2026, o banco conta investir mais 400 milhões de euros no fomento à educação, empregabilidade e empreendedorismo”, anunciou a presidente do Santander, Ana Botín.

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