Ensino

Ministro da Educação acredita que diretores encontrarão boas soluções para serviços minimos

Ministro da Educação acredita que diretores encontrarão boas soluções para serviços minimos
MANUEL DE ALMEIDA

No dia em que os diretores revelaram mal-estar por terem de escolher um conjunto de professores para garantir a aplicação dos serviços mínimos, que vão passar a prever também três horas de aulas por dia, João Costa lembrou que a decisão foi tomada por um Colégio Arbitral

O ministro da Educação sublinhou hoje que os serviços mínimos são decretados pelo colégio arbitral e que o ministério tem dado apoio aos diretores, acreditando que “serão encontradas boas soluções”.

No dia em que os diretores revelaram mal-estar por terem de escolher um conjunto de professores para garantir a aplicação dos serviços mínimos, que vão passar a prever também três horas de aulas por dia, João Costa lembrou que a decisão foi tomada por um Colégio Arbitral.

Em entrevista ao Jornal de Notícias, o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares revelou que a decisão sobre os serviços mínimos para a greve decretada pelo Sindicato de Todos os Profissionais e Educação (Stop) estava a levar diretores a equacionar a sua demissão.

“Os serviços do ministério têm estado sempre a prestar apoio aos diretores nesta fase que é muito complicada para todos e obviamente também para eles. Tenho a certeza que desta boa cooperação entre direções das escolas e ministério da Educação serão encontradas boas soluções”, afirmou João Costa, à saída de um evento em Lisboa sobre capacitação digital das escolas.

O ministro disse que os serviços mínimos são decretados pelo colégio arbitral, “que entendeu que face à duração já bastante longa das greves poderiam estar a ser postas em causa necessidades sociais impreteríveis ao nível da educação e das aprendizagens e fixou um número mínimo de aulas para os alunos”.

A greve do Stop começou no início de dezembro do ano passado e o sindicato apresentou novos pré-avisos que se prolongam para o mês de março.

A última decisão do Tribunal Arbitral veio acrescentar a obrigatoriedade de as escolas garantirem três horas de aulas para os alunos, além das medidas que já vinham sendo implementadas desde meados de janeiro, como dar refeições e apoiar os alunos com necessidades educativas especiais ou os jovens risco.

O ministro lembrou hoje que “os serviços mínimos como em qualquer outro tipo de serviços é uma das muitas competências da autonomia das escolas”.

Sobre as acusações de sindicatos que falam numa “requisição civil encapotada”, João Costa defendeu que “não há violação do direito a greve” e que é precisamente “no enquadramento da legislação que regula o direito a greve que os serviços mínimos são pedidos”.

“É exatamente para que possa ser cumprida a greve sem ser posta em causa, que surge o pedido de serviços mínimos”, concluiu.

As greves de professores começaram no final do ano passado em protesto contra a proposta da tutela de um novo modelo de contratação e colocação de professores, mas as reivindicações foram alargadas a outras matérias, como a recuperação do tempo de serviço congelado ou o fim das quotas e vagas de acesso ao 5.º e 7.º escalões.

As negociações entre sindicatos e tutela sobre o modelo de recrutamento e colocação de professores serão retomadas esta semana.

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