Coronavírus

Graça Freitas: crianças não podem ser dispensadas de isolamento “enquanto não tiverem segunda dose”

Graça Freitas
Graça Freitas
TIAGO PETINGA/LUSA
A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, esclarece que no regresso às aulas, na sequência de contactos entre crianças, mantém-se tudo igual. Enquanto não tiverem segunda dose, ainda não podem ser isentas de isolamento”, disse
Graça Freitas: crianças não podem ser dispensadas de isolamento “enquanto não tiverem segunda dose”

Joana Ascensão

Jornalista

Graça Freitas esclareceu que a nova abordagem para a pandemia não inclui, para já, nenhuma mudança para as crianças, aquando do regresso das aulas. Enquanto não for administrada de forma massiva a segunda dose naquela faixa etária, as crianças terão na mesma de cumprir isolamento se estiverem em contacto com um infetado, apesar de esse isolamento passar também de dez para sete dias.

“Enquanto não tiverem o esquema vacinal primário completo e tiverem passado alguns dias da toma da segunda dose, ainda não podem ser isentas de isolamento”, admitiu Graça Freitas.

A linha de atuação é a mesma para os adultos (ainda) não vacinados com o reforço vacinal.

A DGS faz, desta forma e nesta fase, uma diferenciação entre quem já tomou e quem não tomou a comummente designada terceira dose. Os coabitantes que são contactos de risco e já têm reforço vacinal não terão de cumprir isolamento caso testem negativo. Já as pessoas que ainda não têm reforço da vacina, apenas o esquema vacinal primário (duas doses), terão de cumprir sete dias de isolamento.

No entanto, Graça Freitas reforça a necessidade de mesmo quem estiver isento de isolamento manter a obrigação de ficar atento ao surgimento de sintomas e às "regras de precaução", como o distanciamento físico dos infetados, uso de máscaras e a desinfeção regular das mãos.

Na sequência da redução do período de isolamento de dez para sete dias para infetados assintomáticos e contactos de risco, Graça Freitas, em entrevista à RTP, explicou também que a decisão de reduzir para sete e não cinco dias (como na Madeira) foi tomada após avaliação dos tempos de incubação e de infecciosidade da variante Ómicron do vírus SARS-CoV-2 por parte dos especialistas.

Com base num "critério de segurança", a decisão foi isolar "a maior parte das pessoas que necessitam de isolamento, mas libertando-as mais cedo para a sua vida laboral e social", disse a diretora-geral da Saúde.

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