Coronavírus

Marcelo critica o Governo por causa da Champions: “Quando se diz que os adeptos vêm em bolha é porque vêm em bolha. Senão não se diz”

Marcelo critica o Governo por causa da Champions: “Quando se diz que os adeptos vêm em bolha é porque vêm em bolha. Senão não se diz”
RUI OCHOA/ Presidência da República/ Lusa

Presidente espera ainda que isto sirva de lição: “Tem de se ter a noção do exemplo que se dá”. O que o Governo tinha dito que ia acontecer não se verificou - adeptos estão há dias em Portugal, envolveram-se em confrontos, bebem na rua além da hora do fecho dos bares e não cumprem as regras de distanciamento

Expresso

A ministra Vieira da Silva tinha dito que "as pessoas que vierem à final da Liga dos Campeões virão e regressarão no mesmo dia, com teste feito, em situação de bolha", "estando em território nacional menos de 24 horas" - e já se sabe que não foi assim. Nada assim. Por isso Marcelo é duro com o Governo - e espera que o Governo aprenda: "Quando se comunica que se vem em bolha é porque se vem em bolha. Senão não se diz que se vem em bolha. Diz-se vêm tantos, uns vêm em bolha, outros não. E depois tem de se explicar porque foi diferente. E tem de se ter a noção do exemplo que se dá", disse este sábado Marcelo Rebelo de Sousa à margem de um evento no Banco Alimentar.

Mais: o Presidente quer que isto sirva de lição. "Tirava a lição geral. O discurso tem de bater certo com a realidade. As pessoas criticam se não bater certo com a realidade. Houve circunstâncias que não decorreram como tinha sido dito que ia decorrer. Acontece, mas é uma lição."

Marcelo Rebelo de Sousa sublinha que este é um momento em que a comunicação é fundamental para que os portugueses possam também acreditar no que lhes é dito e pedido. "Não devemos cair em facilidade, permitindo aglomerações, mas não estamos na situação em que estávamos há três meses. As pessoas estão muito sensatas, o português é muito sensato. Quando sente que é para fechar fecha, neste momento percebe que há coisas que têm de ficar fechadas e outras que têm de abrir", disse. "Agora temos de encontrar o discurso adequado. Não se pode dizer que a realidade é a mesma de janeiro, fevereiro, março porque as pessoas não acreditam"

O Presidente sublinhou que "a vacina está a fazer os seus passos", "com mais variante menos variante, a vacina está a fazer os seus passos", por isso "que as pessoas não tenham dúvidas em se vacinar". "Estes meses próximos vão ser meses de avanços. Por isso mesmo é preciso evitar um discurso alarmista. Os portugueses cumprem. Isto não é ser mole, é ser sensato para não dizer coisas às pessoas em que as pessoas não acreditam."

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