Covid-19. Novavax alerta que escassez de abastecimento atrasou produção da vacina
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A farmacêutica está em negociações com a União Europeia, mas ainda não foi assinado um contrato entre as duas partes para o fornecimento de vacinas aos Estados-membros
A Novavax já não vai conseguir atingir o objetivo de produzir, por mês, 150 milhões de doses da sua vacina contra a covid-19 até meados do ano, como tinha previsto anteriormente. A empresa de biotecnologia teve de atrasar a linha temporal devido à escassez de componentes na produção do fármaco, pelo que agora a nova meta fixa-se no terceiro trimestre do ano (julho a setembro).
A gigante farmacêutica tinha dito anteriormente que a produção de vacinas em larga escala poderia ser atingida até maio ou junho. A Novavax “continua a aperfeiçoar esse ‘timing’” e ainda espera que “toda a capacidade esteja em linha por volta de meados do ano”. Mas “à medida que nos aproximamos [da data], leva-nos agora a pensar que só estaremos em plena capacidade até ao terceiro trimestre", avançou à Reuters a diretora de comunicações da Novavax.
“Há algumas faltas de abastecimento que vão e vêm, e que contribuíram para essa revisão do calendário", incluindo sacos de utilização única usados para o cultivo de células vacinais, e filtros biorreatores, acrescentou Amy Speak.
A vacina da Novavax pode receber autorização regulamentar do Reino Unido ainda este mês, após a divulgação de dados experimentais. Prevê também que a autorização nos Estados Unidos chegue em maio, depois de os dados do ensaio nos EUA serem revistos pelos reguladores competentes.
Em março, a Novavax adiou a assinatura de um acordo com a União Europeia (UE) para fornecer, pelo menos, 100 milhões de doses da vacina de duas doses, devido, em parte, aos mesmos problemas de abastecimento. Segundo a Reuters, as duas partes ainda estão em negociação.
A empresa de biotecnologia, sediada em Maryland, nos EUA, é um dos vários fabricantes de vacinas contra a covid-19 que tiveram de adiar os prazos de produção graças à escassez de matérias-primas em toda a indústria farmacêutica.
Segundo os dados divulgados em março do ensaio britânico, a vacina é altamente eficaz contra a estirpe original do novo coronavírus, bem como contra a variante mais contagiosa descoberta pela primeira vez no Reino Unido.
