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Coronavírus

Covid-19 em Itália. Evitar o regresso a 2020

Um polícia italiano recebe uma dose da vacina da AstraZeneca, num centro instalado no aeroporto de Fiumicino, em Roma
Um polícia italiano recebe uma dose da vacina da AstraZeneca, num centro instalado no aeroporto de Fiumicino, em Roma
Marco Ravagli / Getty Images

O país vive uma corrida contra o tempo para evitar que a variante inglesa do novo coronavírus se torne prevalecente

Rossend Domènech

correspondente em Roma

“Temos 15 dias para impedir que a mutação inglesa, mais contagiosa e por isso mais mortal, prevaleça em toda a península”, afirma o epidemiólogo Alessandro Vespignani. Há 10 dias que representa 15% e 50% dos casos em todas as regiões. O Comité Técnico Científico que assessora o Governo divide-se quanto a fechar todo o país, como há um ano, para depois ir reabrindo e fechando à medida que surjam focos. É o sistema adotado na China, Coreia do Sul e Austrália, que a Alemanha está a estudar. Alguns cientistas frisam que aqueles países são demasiado diferentes dos europeus para estes aplicarem as suas estratégias.

Com óbitos estabilizados nos 300 a 400 por dia (totalizando quase 95 mil), estão fechados quatro municí­pios da Lombardia (Milão) e um nas regiões de Úmbria e Abruzzo, devido à variante britânica. As equipas investigam a chegada ao país, em menor quantidade, das variantes sul-africana e brasileira. Nápoles detetou esta semana o caso “estranho” de uma versão desconhecida, que poderá ser nigeria­na. A Associação Italiana de Epidemiologia diz que o contágio cresce entre crianças que vão à escola, talvez devido à “variante inglesa”.

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