O país vive uma corrida contra o tempo para evitar que a variante inglesa do novo coronavírus se torne prevalecente
“Temos 15 dias para impedir que a mutação inglesa, mais contagiosa e por isso mais mortal, prevaleça em toda a península”, afirma o epidemiólogo Alessandro Vespignani. Há 10 dias que representa 15% e 50% dos casos em todas as regiões. O Comité Técnico Científico que assessora o Governo divide-se quanto a fechar todo o país, como há um ano, para depois ir reabrindo e fechando à medida que surjam focos. É o sistema adotado na China, Coreia do Sul e Austrália, que a Alemanha está a estudar. Alguns cientistas frisam que aqueles países são demasiado diferentes dos europeus para estes aplicarem as suas estratégias.
Com óbitos estabilizados nos 300 a 400 por dia (totalizando quase 95 mil), estão fechados quatro municípios da Lombardia (Milão) e um nas regiões de Úmbria e Abruzzo, devido à variante britânica. As equipas investigam a chegada ao país, em menor quantidade, das variantes sul-africana e brasileira. Nápoles detetou esta semana o caso “estranho” de uma versão desconhecida, que poderá ser nigeriana. A Associação Italiana de Epidemiologia diz que o contágio cresce entre crianças que vão à escola, talvez devido à “variante inglesa”.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt