Coronavírus

Reitores defendem continuidade das avaliações presenciais nas universidades

António Sousa Pereira, reitor da Universidade do Porto e presidente do Conselho de Reitores
António Sousa Pereira, reitor da Universidade do Porto e presidente do Conselho de Reitores
D.R.

Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas considera que o risco de contágio por covid-19 nas comunidades académicas está controlado, razão pela qual preconiza que a atividade letiva e avaliativa no ensino superior deva continuar para já a ser presencial

Reitores defendem continuidade das avaliações presenciais nas universidades

Isabel Paulo

Jornalista

O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), presidido pelo reitor da Universidade do Porto, António Sousa Pereira, emitiu esta terça-feira um comunicado a defender a continuidade das atividades letivas presenciais, bem como os exames dos alunos do Ensino Superior.

A rejeição, pelo menos para já, do ensino à distância é descartado pelo facto de o CRUP considerar que o risco de contágio de covid-19 nas comunidades académicas se encontra controlado face às medidas de contenção que foram tomadas pelas faculdades e politécnicos ao longo de 2020 e à forma como conseguiram compatibilizar funcionamento presencial e segurança em contexto de sala de aulas.

"Em consequência da experiência adquirida e das medidas tomadas desde o início da crise, o nível de risco e o grau de preparação das instituições de ensino superior face à pandemia tem provado ser fundamentadamente distinto do que se regista noutros sectores da sociedade", refere a nota divulgada ao final da tarde desta terça-feira.

O CRUP lembra que, nesta altura do ano e conforme previsto nos respetivos calendários académicos, a atividade letiva presencial nas universidades é já residual, uma vez que os estudantes estão a entrar em período de avaliações. “Esta é uma fase crítica do seu percurso académico mas em que o risco de contágio não é, de forma alguma, superior”, acrescenta o comunicado.

Atento a uma realidade “altamente variável” e perante o aumento de casos de novas infeções, o CRUP adianta, por isso, que irá continuar a seguir de perto a situação pandémica, manifestando total disponibilidade para ajustar as medidas que preconiza em função do que a situação vier a exigir.

A posição dos reitores surge após o primeiro-ministro ter sustentado que os especialistas têm dúvidas sobre o encerramento das escolas em relação ao ensino secundário. Já em relação às escolas de alunos até aos 12 anos, António Costa afirmou que existe um consenso para não encerrar, mantendo-se a incógnita em relação à atividade letiva no ensino superior.

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