A ministra da Saúde, Marta Temido, foi instada a comentar a vacina russa contra a covid-19 durante a conferência de imprensa desta quarta-feira, remetendo para a Organização Mundial de Saúde (OMS), que pediu cautela. “É muito importante acelerar o processo de investigação, mas não podemos sacrificar nem a segurança nem a eficácia terapêutica”, disse a ministra.
A governante declarou que “ninguém está disponível para desperdiçar uma oportunidade”, mas sublinhou que “há aqui factos que têm sido referidos de que a fase 3 [dos testes à vacina] não terá sido totalmente realizada”.
Na terça-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o desenvolvimento pelo seu país da “primeira vacina segura contra a covid-19”, assegurando que garante “imunidade duradoura” e acrescentando que uma das suas filhas já a tinha tomado.
A vacina russa foi batizada como “Sputnik V” (‘V’ de vacina), em referência à vitória político-científica russa que foi a colocação em órbita, em 1957, do primeiro satélite de sempre e que tinha o mesmo nome. Logo após o anúncio da vacina pelo Kremlin, a OMS reagiu, pedindo cautela e lembrando que a “pré-qualificação” e aprovação de uma vacina tem de passar por procedimentos “rigorosos”.
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