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Presidente do Conselho Europeu, em entrevista ao Expresso: Há vida para lá dos eurobonds

Presidente do Conselho Europeu, em entrevista ao Expresso: Há vida para lá dos eurobonds
John Thys/Pool via REUTERS

Solidariedade norte-sul é do interesse de todos, afirma presidente do Conselho Europeu, em entrevista ao Expresso

Presidente do Conselho Europeu, em entrevista ao Expresso: Há vida para lá dos eurobonds

Susana Frexes

Correspondente em Bruxelas

Charles Michel quer pensar fora da caixa. “Mais do que nunca, temos de ser criativos, construtivos e inovadores.” Por causa da covid-19, mas também do desafio climático e da agenda digital, o presidente do Conselho Europeu considera que é preciso inovar — essa é também a história da União Europeia — e ter a habilidade de chegar a compromissos. Isso não significa necessariamente ir pelos caminhos nunca antes navegados dos eurobonds e da mutualização da dívida. O belga prefere um instrumento de navegação bem mais conhecido: o orçamento da União Europeia para os próximos sete anos. “É o primeiro instrumento óbvio de solidariedade. E a possibilidade de se avançar com o financiamento de investimentos, por exemplo, nos primeiros dois anos é uma boa ideia na minha opinião”, defende, numa entrevista ao Expresso e a mais três jornais europeus.

Michel segue a linha da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que tem defendido que o Quadro Financeiro Plurianual (QFP) para 2021-2027 deve estar no centro do plano de retoma, a que muitos chamam novo Plano Marshall. A ideia implica o reforço dos montantes e garantias iniciais para alavancar o investimento, sobretudo nos primeiros anos do próximo QFP. Uma das soluções que podem ser trabalhadas pela Comissão passa por aumentar os recursos próprios da UE de 1,2% para 2% ddo Rendimento Nacional Bruto - mantendo a dimensão do QFP mais perto de 1% e dando ao executivo comunitário maior capacidade de se financiar nos mercados e de ir buscar cerca de 1 bilião de euros. Michel não arrisca valores nem diz o que vai acontecer à discussão sobre as contribuições nacionais e o tamanho do próximo orçamento, parada desde fevereiro. Na altura, a sua proposta — 1,07% da riqueza europeia — foi considerada excessiva pela Holanda, Dinamarca e outros países ricos, e insuficiente por todos os países da coesão, incluindo Portugal.

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