Coronavírus

Porto de Lisboa "é uma bomba relógio"

Estivadores em greve no Porto de Setúbal, em novembro de 2018
Estivadores em greve no Porto de Setúbal, em novembro de 2018
RUI MINDERICO/LUSA

Sindicato insiste: sem estivadores da A-ETPL a atividade no Porto de Lisboa "é insustentável" e Açores e Madeira ficam em risco

"Bomba Relógio". É assim que o Sindicato dos Estivadores e Atividade Logística (SEAL) descreve a situação vivida no Porto de Lisboa, mesmo depois dos trabalhadores terem voltado ao trabalho, acatando o fim da greve devido ao estado de emergência.

O SEAL reitera que a atividade portuária em geral e o abastecimento das regiões autónomas dos Açores e Madeira em especial ficam comprometidos se as empresas continuarem a prescindir dos 134 estivadores da empresa de trabalho portuário A-ETPL, em insolvência.

O SEAL denuncia, designadamente, o facto de alguns estivadores portuários estarem atualmente a cumprir horarios de 16h e até 24 horas de trabalho uma vez que o número de estivadores nos quadros das empresas portuárias “não é, nem nunca foi, suficiente para o Porto de Lisboa trabalhar normalmente" e a prova, acrescenta, é o facto de "muitos destes trabalhadores estarem a ser pressionados para assinarem contratos de trabalho com outras empresas criadas para substituírem a A-ETPL".

Paralelamente, o SEAL reitera que vai requerer a realização de uma assembleia de credores da A-ETPL para apresentar um plano de recuperação da empresa e pedir a substituição do atual administrador judicial, que acusa de desrespeitar a lei e ter despedido trabalhadores que são, também, credores da empresa, sem fundamento para o fazer.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mmcardoso@expresso.impresa.pt

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