Foi o casar de duas vontades. De um lado, o fecho dos espaços de restauração — motivado pela falta de clientes, a cumprir o isolamento imposto pela propagação rápida da Covid-19 — obrigou os responsáveis pelos restaurantes a procurarem novas soluções para os seus negócios. Do outro, os clientes enfrentam novos desafios domésticos. A mudança de milhares de pessoas do escritório para o regime de teletrabalho está a mudar a rotina de todos, e nem sempre é possível confecionar alimentos frescos em cada refeição. Isso levou a que os serviços de entrega de refeições ganhassem uma importância ainda maior, depois de terem conquistado os trabalhadores essencialmente à noite. Agora é a meio do dia que um maior número de motos percorre as cidades quase vazias, com refeições de vários restaurantes (alguns deles entre as escolhas “Boa Cama Boa Mesa”, pág. 85). A solução está a ser adotada por estabelecimentos de todo o país, que procuram diminuir as perdas de faturação ao mesmo tempo que garantem o serviço aos clientes, mesmo que fechem as salas de refeições e apenas mantenham as cozinhas abertas.
Mariana Ascenção, diretora de comunicação da Uber em Portugal, também vê na entrega de refeições “um apoio melhor aos restaurantes face a uma possível queda de atividade nas próximas semanas”. Para a responsável da multinacional, a medida adicional de remover a taxa de entrega no período de almoço é “uma forma de apoiar todos os que estão a trabalhar em casa em Portugal”.
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