Coronavírus

Casos de covid-19 em Portugal subiram 22%: 785 infetados e quatro mortos

Direção-Geral da Saúde somou mais 143 casos face ao boletim anterior. Há 20 pessoas em cuidados intensivos, três recuperadas e 488 à espera dos resultados das análises. Morreram quatro pessoas

Casos de covid-19 em Portugal subiram 22%: 785 infetados e quatro mortos

Mafalda Ganhão

Jornalista

Atualizados os números relativos à COVID 19 em Portugal, são 785 os casos confirmados (mais 143 que os avançados na quarta-fera), com o mais recente boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS) a contabilizar três mortes - a Câmara de Ovar anunciou entretanto uma quarta vítima mortal, tratando-se de um habitante no concelho.

Às 24h desta quarta-feira – período a que o documento da DGS reporta – 488 pessoas aguardavam os resultados das análises efetuadas.

Continuavam internados 89 pacientes – cerca de 15% dos infetados -, 20 dos quais em cuidados intensivos. Entretanto, o número caiu para 87 internados. Isto porque, já ao fim da tarde desta quinta-feira, a jovem de 17 anos que entrou no Hospital de São João em estado grave, depois de ter feito uma visita a Itália, recuperou e teve alta. Em situação semelhante está a mãe, que pode também continuar o tratamento no domicílio. Mãe e filha não podem ainda ser consideradas recuperadas, mas já não têm necessidade de internamento.

Em Portugal, três das 785 pessoas infetadas já recuperaram.

No total, Portugal soma 6061 casos suspeitos (eram 5067 no boletim anterior), estando em vigilância 8091 casos.

A atualização traduz um aumento de cerca de 22% face aos 642 casos registados no boletim anterior. Considerando as percentagens desde domingo, verifica-se um abrandamento na 'velocidade' da subida.De acordo com os totais dos diferentes dias, houve uma subida de 35% de domingo para segunda-feira e de segunda para terça.feira, tendo a percentagem sido de 43% de terça para quarta-feira e (como já referido) de 22% de quarta para o boletim divulgado esta manhã.

A DGS continua a mencionar 24 cadeias ativas de transmissão sinalizadas.

Quanto à mancha geográfica, a região Norte mantém-se a mais afetada, com 381 casos, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (278); depois a região Centro, onde há registo de 86 infetados (registou uma das mortes); somando-se 25 no Algarve, três doentes nos Açores; dois no Alentejo e um na Madeira.

Os casos importados somam agora 71, com origem sobretudo em Espanha (23), Itália (17). Casos de França são 16, da Suíça 8, Países Baixos (2); e Alemanha e Áustria; Andorra; Bélgica, Irão e Reino Unido (1 caso de cada um destes países).

Na caracterização dos casos confirmados, cuja forma de apresentação a DGS modificou, surgem agora as percentagens de doentes por género e grupo etário. Salta à vista que, até aos 49 anos, são mais as muheres doentes do que os homens – a faixa feminina mais atingida é o grupo entre os 40 e os 49 anos (22,8%) – sendo igual a distribuição na faixa entre os 50 e os 59 anos (15,4% homens e 15,4% mulheres). A partir dos 60 anos, há mais casos entre os homens, excepção feita para o grupo dos maiores de 80 anos (boletim menciona 4,3% homens e 5,4% mulheres).

Os principais sintomas mencionados continuam a ser a tosse (25%) e febre (20% ), seguidas de cefaleias e dores musculares (14%); fraqueza generalizada (10%) e dificuldades respiratórias (8%).

Notícia atualizada com a informação sobre a alta de mãe e filha no Hospital de São João

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