Coronavírus

Covid-19. Comissão Europeia disponível para financiar voos de repatriamento

Covid-19. Comissão Europeia disponível para financiar voos de repatriamento
Yves Logghe

Bruxelas contabiliza nesta altura cerca de 80 mil europeus que querem regressar, mas o número poderá ser maior e pode incluir não só pessoas que estão de férias, mas também europeus que vivem fora da UE. Em cima da mesa está o recurso ao Mecanismo Europeu de Proteção Civil.

Covid-19. Comissão Europeia disponível para financiar voos de repatriamento

Susana Frexes

Correspondente em Bruxelas

A Comissão Europeia reafirma que está disponível para apoiar financeiramente o repatriamento de cidadãos europeus. Mas esclarece que quem está retido em países fora da União Europeia ou quer voltar à UE deve em primeiro lugar contactar os consulados (do seu país ou de outro estado-membro), para haver uma coordenação local na organização dos voos. As viagens podem depois ser cofinanciadas através do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.

Esta semana foi já realizado pelo menos um voo de repatriamento de Marrocos para a Áustria, com cidadãos de várias nacionalidades, cofinanciado pelo mecanismo. Para já só as autoridades austríacas acionaram este apoio. Fonte comunitária sublinha também que vários países, como a Alemanha, têm estado a organizar voos de repatriamento, uma competência que é sobretudo de cada estado-membro.

Bruxelas contabiliza nesta altura cerca de 80 mil europeus que querem regressar, no entanto salvaguarda que este número poderá ser maior e pode incluir não só pessoas que estão de férias, mas também europeus que vivem fora da UE.

"Do ponto de vista logístico é um desafio", admite o porta-voz do executivo comunitário Eric Mamer.

Quem tenta regressar à Europa em voos comerciais - por exemplo, o Reino Unido e a República da Irlanda deverão manter as fronteiras abertas - terá também de ter em conta os voos, sobretudo se implicar escalas noutros países da UE que não o país de destino. Quem viaja terá de verificar se são aplicadas quarentenas obrigatórias.

Esta terça-feira, os líderes europeus concordaram em fechar as fronteiras externas a viagens de cidadãos não europeus que não sejam consideradas essenciais - por exemplo, turismo. As restrições não se aplicam a mercadorias, a nacionais dos 27 estados-membros que queiram regressar, a familiares de europeus, profissionais de saúde e investigadores envolvidos no combate à Covid-19.

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