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Uma visão crítica dos implantes cerebrais: “Podemos perder a única coisa que ainda mantemos privada, que é o que está nas nossas cabeças”

Uma visão crítica dos implantes cerebrais: “Podemos perder a única coisa que ainda mantemos privada, que é o que está nas nossas cabeças”
Igor Alecsander

Anil Seth, professor de Neurociência Cognitiva e Computacional na Universidade de Sussex, em Inglaterra, e pioneiro em exposições públicas interativas para ajudar a compreender a consciência, não coloca fronteiras à neurociência. Antes pelo contrário, admite os riscos, mas também a utilidade de entender o que é a consciência, e se é uma capacidade unicamente humana. Até porque, se as máquinas também as tiverem, o ser humano tem deveres morais perante elas, afirma nesta entrevista ao Expresso

O que é a consciência e de que diferentes formas pode manifestar-se? Anil Seth está há vários anos a tentar responder a estas perguntas. No seu livro “Being You: A New Science of Consciousness”, o neurocientista cognitivo da Universidade de Sussex, no Reino Unido, descreve a consciência como uma “alucinação controlada” e o cérebro como uma “máquina de previsão” que gera a nossa realidade.

Nesta entrevista ao Expresso, em que aborda a questão dos implantes cerebrais – em que a Neuralink, de Elon Musk, parece estar na dianteira – o professor de Neurociência Cognitiva e Computacional explica também que é possível ser neurocientista e acreditar no livre arbítrio, apesar de alertar: “O livre arbítrio é um pouco como a experiência de cor. O facto de vermos cores no mundo não significa que as cores realmente existam.”

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