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Embriões artificiais podem ser uma realidade no futuro: é preciso “regular” agora para evitar trazer ao mundo “crianças sem pais”

Embriões artificiais podem ser uma realidade no futuro: é preciso “regular” agora para evitar trazer ao mundo “crianças sem pais”

Uma investigação reacendeu o debate sobre os limites éticos da manipulação de embriões criados em laboratório, sem recorrer a óvulos ou a espermatozoides. Não estamos a falar do “futuro para amanhã”, mas “é preciso regulamentar práticas” porque, um dia, estas estruturas poderão gerar vidas humanas “como engenhos numa fábrica” — e “quanto mais cedo se pensar sobre isto, melhor”

Embriões artificiais podem ser uma realidade no futuro: é preciso “regular” agora para evitar trazer ao mundo “crianças sem pais”

Mara Tribuna

Jornalista

Como é que se define o que é um embrião? Parece ser apenas uma questão de terminologia mas é muito mais complexa do que isso. A resposta pode mudar a forma como os cientistas manipulam modelos de embriões criados em laboratório que, um dia, podem gerar vidas humanas sem recorrer a óvulos ou a espermatozoides. “No limite, estamos a falar da possibilidade de criação de uma criança sem pais”, expõe a Presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV).

A discussão não é nova mas, recentemente, uma investigação deu-lhe um novo empurrão. Há menos de um mês, um grupo de cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos EUA, comunicaram que tinham conseguido criar artificialmente um modelo de embrião — que se assemelha a um embrião humano nas primeiras fases de desenvolvimento — apenas a partir de células estaminais, ou seja, sem fecundação.

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