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Cometa reaparece no céu após 50 mil anos: “os neandertais ainda cá andavam” na última visita deste “fóssil” do Sistema Solar

Cometa reaparece no céu após 50 mil anos: “os neandertais ainda cá andavam” na última visita deste “fóssil” do Sistema Solar
Michael Jäger

A melhor altura para observar o cometa no céu noturno será na última semana de janeiro. “O ideal é sair das cidades e procurar zonas com pouca poluição luminosa”, sugere o astrónomo Nuno Peixinho. “É uma oportunidade única na vida”, porque, depois desta visita, o cometa “voltará para o seu congelador” na Nuvem de Oort, a última fronteira do Sistema Solar, explica o investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço

Foi em março de 2022 que o cometa C/2022 E3 (ZTF), com aproximadamente um quilómetro de diâmetro, voltou a dar um ar da sua graça, desde que foi avistado pela última vez há 50 mil anos. Trata-se, portanto, de um fenómeno raro que poderá ser visto no céu, sobretudo após a órbita extremamente alongada desta bola de gelo e poeira atingir o seu periélio, o ponto de maior aproximação ao Sol, esta quinta-feira. Depois disso, a 2 de fevereiro, será o momento em que passará mais perto da Terra, a 42 milhões de quilómetros de distância, 11 ou 12 vezes mais longe do que a Lua.

“É desde logo curioso termos a oportunidade de ver um cometa que, pela análise da sua órbita, passou pela última vez há cerca de 50 mil anos. O mundo era bastante diferente e provavelmente ninguém saberia o que estava a ver. O ser humano estava quase a sair das cavernas e os neandertais ainda por cá andavam”, começa por dizer, ao Expresso, o astrónomo Nuno Peixinho.

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