Reinhard Genzel, de 68 anos, teve de esperar 16 anos para ver, pela segunda vez, a estrela S2 a passar perto do buraco negro Sagitário A*, que está no centro da Via Láctea. Com isso, não só confirmou a Teoria da Relatividade como garantiu o Prémio Nobel da Física de 2020, juntamente com Roger Penrose e Andrea Ghez. Apesar do feito, o astrofísico alemão não tem dúvidas em dizer que continua a haver algo que não bate bem na teoria que tornou famoso Albert Einstein.
Alguma vez vamos saber o que se passa no interior de um buraco negro?
De acordo com as teorias, não é possível saber. É pena. A razão para isso está na origem da própria Teoria da Relatividade Geral (TRG) e no limite de velocidade das comunicações. E esse limite é a velocidade da luz. Segundo a TRG, se pusermos feixes ou partículas de luz nas imediações de um buraco negro, essas partículas perdem energia. Esse efeito registado no centro da galáxia dá pelo nome de Desvio para o Vermelho Gravitacional. Quanto mais próximo está um objeto de um buraco negro, mais este efeito aumenta. O que significa que, do interior de um buraco negro ou do horizonte de eventos (a faixa que circunda os buracos negros), a luz já não consegue sair.
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