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"O sistema entrou em colapso no momento em que se optou por proteger as povoações, deixando que o fogo avançasse na floresta"

"O sistema entrou em colapso no momento em que se optou por proteger as povoações, deixando que o fogo avançasse na floresta"
D.R.

Juan Picos, investigador e coordenador do programa FIREPOCTEP+, que estuda os grandes incêndios na Península Ibérica, explica como é difícil combater fogos tão intensos como os que têm assolado Portugal e Espanha e sustenta que o rescaldo não pode ser descurado

A violência da vaga de incêndios que assola este ano a Península Ibérica está longe de surpreender Juan Picos. Desde o incêndio de Pedrógão Grande, em 2017, que o investigador galego alerta para o paradoxo que representa a diminuição do número de incêndios anuais na Galiza e em Portugal, ao ser acompanhada pelo aumento da área devastada por fogos cada vez mais extremos, extensos e incontroláveis. O atual diretor da Escola Florestal da Universidade de Vigo e coordenador do programa europeu de investigação em grandes incêndios florestais, FIREPOCTEP+ Portugal-Espanha, dedica-se há mais de três décadas não só a investigar as causas destes fenómenos como a testar novas abordagens para um problema cada vez mais agravado pelas alterações climáticas. Entrevistado pelo Expresso perto de Santiago de Compostela, Juan Picos reconhece que todas as alternativas são poucas, sobretudo em matéria de prevenção e em especial depois dos incêndios dos últimos dias terem demonstrado os limites dos dispositivos de extinção.

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