Exclusivo

Sociedade

“Só chorava. Não entendia por que me tratavam tão mal”: duas mulheres contam como se sentiram violentadas durante o parto

Laura Ramos é a criadora da petição que deu origem à lei que consagra o conceito de violência obstétrica
Laura Ramos é a criadora da petição que deu origem à lei que consagra o conceito de violência obstétrica
António Pedro Ferreira

Duas mulheres relatam ao Expresso como se sentiram violentadas durante o parto. Queixam-se de humilhação, de desrespeito e de falta de informação sobre os procedimentos a que foram submetidas

Além de três bebés, Laura Ramos fez ‘nascer’ uma lei. Em 2017, seis meses após o nascimento do seu terceiro filho, ganhou coragem para passar a escrito o que preferia esquecer e redigiu uma queixa pela forma como foi “violentada” durante o parto, num hospital de Lisboa. Não se limitou a endereçar a reclamação à direção clínica daquela unidade, nem sequer à Entidade Reguladora da Saú­de e às Ordens dos Médicos e dos Enfermeiros. Sabendo que a experiência traumática que sofrera era partilhada por muitas outras mulheres, criou uma “petição pelo fim da violência obstétrica” em Portugal. Em apenas três dias o documento recolheu mais de cinco mil assinaturas, o que obrigou à sua discussão no Parlamento, dando início a um longo processo de audições com partidos e debates na Comissão Parlamentar de Saúde. Ao fim de oito anos, a lei que a sua petição ajudou a conceber foi agora publicada em “Diário da República”.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: hrbento@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate