Oito meses depois de ter arrancado, o primeiro rastreio de cancro associado à exposição ao amianto chegou aos primeiros resultados.
Em todas as 36 pessoas testadas até agora pela Fundação Champalimaud (31 homens e cinco mulheres) foi detetada uma inflamação brônquica provocada pelo material que é hoje considerado um dos mais importantes agentes tóxicos cancerígenos.
Em nenhum dos voluntários foi diagnosticado mesotelioma pleural maligno, o cancro da pleura do pulmão [membrana que cobre o pulmão], que se sabe ser provocado unicamente por exposição ao amianto — e que o rastreio pretende detetar precocemente.
“Para já, não encontrámos nenhum mesotelioma, mas encontrámos um perfil”, descreve Jorge Cruz, cirurgião da Unidade do Pulmão da Fundação Champalimaud e coordenador do estudo, que diz não ter dúvidas de que também será encontrado este cancro em fases precoces.
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