Na semana em que foi divulgado o Barómetro da Imigração da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), Pedro Góis, diretor do Observatório das Migrações e um dos autores do estudo, alerta para o perigo de se criarem políticas com base em “perceções erradas”. E afirma que faltam dados para justificar a limitação do acesso de estrangeiros ao SNS ou para avaliar o fim das manifestações de interesse
Jornalista
Jornalista
Jornalista infográfica
Fotojornalista
Cerca de dois terços dos portugueses associam imigrantes a criminalidade e querem menos cidadãos do subcontinente indiano. O que levou a esta mudança?
Não sei se houve alguma mudança. Não sabíamos era que a perceção sobre os imigrantes era esta. Agora temos números que mostram que essa realidade, que pressupúnhamos escondida numa franja da sociedade, afinal está muito mais disseminada. Algumas dessas ideias são, de facto, falsas, baseiam-se em perceções erradas da realidade. Não há qualquer indício de aumento de criminalidade com mais imigrantes. E em relação aos cidadãos do subcontinente indiano, são muito visíveis no espaço público, mas quantitativamente pouco expressivos.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ralbuquerque@expresso.impresa.pt
