Mais de 60 jornalistas morreram desde janeiro a cumprir o seu dever

Número aproxima-se das 71 mortes registadas na totalidade de 2023. ONU avança ainda que mais de 300 jornalistas foram presos este ano
Número aproxima-se das 71 mortes registadas na totalidade de 2023. ONU avança ainda que mais de 300 jornalistas foram presos este ano
Pelo menos 61 jornalistas foram mortos no cumprimento do dever até agora neste ano de 2024, um número que quase iguala os 71 mortos em 2023, disse esta sexta-feira o Alto-Comissário para os Direitos Humanos da ONU, Volker Türk.
"Os jornalistas estão a ser mortos, ameaçados, intimidados, presos ou silenciados em Gaza, na Ucrânia, no Sudão, na Birmânia e noutros locais e estes ataques estão a aumentar", alertou Volker Türk, numa mensagem partilhada no Dia Internacional para Acabar com a Impunidade dos Crimes contra Jornalistas.
O alto-comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) relembrou que o jornalismo é uma profissão que é "a voz das vítimas dum mundo em crise" e sublinhou que os crescentes ataques contra jornalistas "também atacam a liberdade de expressão de todos", porque deixa a todos "um pouco menos bem informados".
Volker Türk lembrou que mais de 300 jornalistas foram presos até agora em 2024 e destacou a impunidade de vários crimes cometidos contra jornalistas, referindo que quatro crimes em cada cinco ficam impunes.
"Os governos devem fazer mais para prevenir esses ataques, proteger os jornalistas e processar os responsáveis por esses crimes. Precisam também de leis que protejam a liberdade de expressão e de informação", concluiu o alto-comissário.
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