Os dois astronautas da NASA que ficaram retidos na Estação Espacial Internacional (EEI) por causa de problemas detectados na nave que os transportou, produzida pela Boeing, regressarão à Terra numa cápsula desenvolvida pela SpaceX, a empresa de Elon Musk para a exploração espacial. A agência norte-americana anunciou neste sábado que Sunita Williams e Butch Wilmore não voltarão a casa antes de fevereiro de 2025, de acordo com uma notícia do jornal 'The Guardian'.
Os dois astronautas partiram a 5 de junho para cumprir uma missão com a duração prevista de oito dias, mas Williams e Wilmore vão agora ter de passar cerca de oito meses em órbita. A nave espacial Boeing Starliner, na qual viajaram até à EEI, vai regressar à Terra num voo não tripulado, depois de se terem verificado problemas no seu funcionamento, nomeadamente fugas de hélio e deficiências na operação dos propulsores. A SpaceX realizou diversas missões tripuladas à EEI, mas este foi o primeiro voo de teste da Starliner, da Boeing, com astronautas a bordo.
Em conferência de imprensa recente, a NASA afirmou estar a analisar os dados sobre o sistema de propulsão da nave Strarliner para avaliar as "opções de regresso", numa altura em que os dois astronautas cumpriam setenta dias a bordo da EEI, quase oito semanas mais do que o tempo previsto para a missão. A 7 de agosto, a NASA revelou que estava já a avaliar a possibilidade de trazer os dois astronautas de volta em fevereiro de 2025 a bordo de uma cápsula Dragon da SpaceX.
A EEI funciona como um laboratório de pesquisa e habitação no espaço. Foi lançada em 1998 e é o resultado de uma cooperação internacional que envolveu cinco agências espaciais: NASA (Estados Unidos), Roscosmos (Rússia), ESA (Europa), JAXA (Japão) e CSA (Canadá). A EEI orbita a Terra a uma altitude média de cerca de 400 quilómetros e completa uma volta em redor do planeta aproximadamente a cada 90 minutos.
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