Sociedade

Marta Temido diz que AIMA tem "dores de crescimento" mas está na direção certa

Marta Temido diz que AIMA tem "dores de crescimento" mas está na direção certa
Tiago Miranda

A cabeça de lista do PS às eleições europeias reagiu esta sexta-feira à manchete do Expresso que noticia a saída de uma centena de funcionários da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) e o acumular de pendências

Marta Temido, cabeça de lista do PS às eleições europeias, reconheceu esta sexta-feira que a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), que se debate com falta de recursos humanos, tem "dores de crescimento", mas defende a decisão tomada extinguir o SEF.

"Há dores de crescimento, mas é isto que precisamos de fazer. Tenho a certeza que estamos todos de acordo que a separação da função policial, defesa e controlo de fronteiras, da função administrativa e da função de integração é o caminho inequívoco", destacou Marta Temido.

Numa visita ao Centro para as Migrações do Fundão, a candidata a eurodeputada recordou que esta foi uma reforma do ponto de vista conceptual "elogiada na Europa". "Neste momento, penso que o atual governo está a fazer todos os possíveis para capacitar a AIMA, no sentido de poder responder melhor. Há um governo a lidar com aquilo que é a necessidade de continuar esta reforma e achamos bem", acrescentou.

No seu entender, o método de tentar acelerar o processo de regularização de documentação dos migrantes "terá algum sucesso", o que a leva a acreditar que esta é "a direção certa".

"É evidente que a situação em que estão [os migrantes] não é a ideal, ficamos preocupados com essa realidade, e é preciso continuar a trabalhar. Precisamos de acelerar, resolver e apostar nesta vertente de integração, de integração específica, dedicada e mais diferenciada dos mais vulneráveis", alegou.

A falta de recursos humanos com que a AIMA se debate desde que foi criada vai agravar-se com os pedidos de saída uma centena de funcionários, avança esta sexta-feira o Expresso. Citando um relatório da agência sobre a recuperação das pendências do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), elaborado este mês, revela-se que o novo organismo iniciou funções em outubro de 2023 com apenas 714 funcionários - 41% do contingente dos organismos extintos que estaria à disposição.

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