Será difícil contabilizar o número de protestos, manifestações e greves com que, ao longo dos últimos anos, os professores mantiveram acesa a luta pela recuperação integral do tempo de serviço que não lhes foi contabilizado. Mas seis anos depois do descongelamento das carreiras na Administração Pública e de o Governo de António Costa ter explicado que a devolução seria “insustentável” para os cofres do Estado, os sindicatos têm agora a garantia de que o tempo vai ser todo contabilizado, acelerando a progressão da carreira de milhares de docentes. Nem todos os sindicatos assinaram esta semana o acordo com o Ministério da Educação, mas todos assumem que a proposta final é uma vitória, se não para todos os professores, para a grande maioria. Até 2027, os 6 anos, 6 meses e 23 dias que ficaram por contabilizar vão ser recuperados, em tranches de 25%. A primeira será já em setembro deste ano e as restantes a 1 de julho dos anos seguintes. Na primeira proposta do Governo estava previsto um faseamento mais dilatado, até 2028.
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