
“Sinto-me sem chão para criar.” Em Arroios, Xabregas, Marvila, Intendente e Baixa, os artistas estão a ficar sem estúdios e ateliês
“Sinto-me sem chão para criar.” Em Arroios, Xabregas, Marvila, Intendente e Baixa, os artistas estão a ficar sem estúdios e ateliês
Jornalista
Fotojornalista
No átrio da Arroz Estúdios, em Xabregas, o chão guarda as manchas de tinta e as marcas de todos os artistas que por lá passaram, espalhadas como um sítio arqueológico. “Era aqui que costumava pôr as telas a secar.” Eric Hanu identifica aquelas que tem quase a certeza serem da sua autoria. Foi ali que soube pela primeira vez o que era “pintar sem se preocupar com o senhorio”. Por manchas como aquelas, que ali são apenas vestígios do nascimento de uma obra de arte, chegou a perder cauções de quartos que arrendou em Lisboa. “Naquele chão pombalino de madeira, uma simples gota fica marcada para sempre.”
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