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“Sinto que não vou ter tantos problemas comigo”: com 12 anos usam cremes antirrugas, dermatologistas preocupados com moda das redes sociais

Leonor Valente e a filha, Sofia, mantêm uma rotina conjunta de skincare. É uma forma de passarem tempo juntas, explica a mãe
Leonor Valente e a filha, Sofia, mantêm uma rotina conjunta de skincare. É uma forma de passarem tempo juntas, explica a mãe
Matilde Fieschi

Crianças a partir dos 10 anos, especialmente raparigas, estão a utilizar produtos cosméticos com substâncias anti-envelhecimento e algumas mostram preocupação com as rugas. Dermatologistas recebem em consultório casos de reações alérgicas e estão preocupados. A “tendência” já tem um nome: cosmeticorexia

“Sinto que não vou ter tantos problemas comigo”: com 12 anos usam cremes antirrugas, dermatologistas preocupados com moda das redes sociais

Helena Bento

Jornalista

“Sinto que não vou ter tantos problemas comigo”: com 12 anos usam cremes antirrugas, dermatologistas preocupados com moda das redes sociais

Matilde Fieschi

Fotojornalista

Primeiro, limpa a pele do rosto. Depois, aplica um spray que, segundo a descrição que aparece em sites de lojas de cosméticos onde é vendido, “proporciona uma hidratação enriquecida com antioxidantes” e destina-se a “peles baças e cansadas”. A seguir, espalha outro produto hidratante, um creme que “reforça a barreira essencial da pele” e contém ceramidas (lípidos que se encontram naturalmente na pele, mas também estão presentes em cosméticos), colesterol, ácidos gordos, niacinamida (vitamina B3) e chá verde. Por fim, aplica um sérum, igualmente hidratante, mas com ingredientes diferentes, entre os quais ácido hialurónico. Tem como efeitos “melhorar a flexibilidade e a elasticidade da pele, enquanto é minimizada a aparência das linhas finas de ressecamento”, ou seja, as rugas que aparecem quando a pele está seca. São estes os produtos que Mafalda Pinto aplica todas as manhãs, antes de ir para a escola, e à noite. Tem 12 anos. “Comecei a interessar-me por skincare no final do ano passado. No Natal pedi alguns produtos aos meus pais e, com o dinheiro que recebi nessa altura, comprei outros.”

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