O secretário-geral da ONU é um homem de palavras fortes e a mensagem que proferiu na apresentação do Relatório Global do Estado do Clima 2023, esta terça-feira, não fugiu à regra. “A Terra está a emitir um pedido de socorro”, começou por dizer António Guterres, sublinhando que o relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) “mostra um planeta à beira do precipício”.
Os principais indicadores apontam para recordes de temperaturas do ar e do oceano à superfície, assim como de subida do nível do mar e de perda de glaciares, tudo em aceleração devido a “um caos climático fora de série”, segundo Guterres, potenciado pelas emissões de gases de efeito de estufa originadas pela atividade humana, sobretudo associada à poluição por combustíveis fósseis. "As sirenes estão a tocar em todos os principais indicadores: no ano passado, registaram-se recordes de calor, de nível do mar e de temperatura da superfície oceânica. Os glaciares perderam mais gelo do que nunca", frisou o secretário-geral da ONU, reforçando a ideia de que “alguns recordes não estão apenas no topo das tabelas, estão a rebentar com os gráficos, e as mudanças estão a acelerar.”
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