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Torneira fechada para quem consumir demais e suspensão de novos projetos agrícolas na lista de medidas de combate à seca

Barragem da Bravura, Algarve
Barragem da Bravura, Algarve
Tiago Pereira Santos

O ministro do Ambiente frisa ao Expresso que “é preciso garantir que há água em 2025” no Algarve. O pacote de medidas de contingência, que está a ser finalizado numa reunião em Faro, aponta cortes para todos os sectores. Muitas das medidas ainda terão de ser aprovadas pelo regulador, pelos municípios ou pelo Conselho de Ministros

Torneira fechada para quem consumir demais e suspensão de novos projetos agrícolas na lista de medidas de combate à seca

Carla Tomás

Jornalista

Apesar da seca severa que afeta o Algarve em pleno inverno, os aspersores de água continuavam a regar jardins em Faro, na noite desta terça-feira, mesmo com a chuva a cair. Esta é uma imagem paradoxal tendo em conta a escassez hídrica que afeta a região, deixando aquíferos em situação crítica e as albufeiras a 25% (em média) da sua capacidade.

A rega de espaços verdes públicos com água potável é uma das atividades que vai ser suspensa, de acordo com o plano de contingência que está em cima da mesa da reunião interministerial, liderada pelos ministros do Ambiente, Duarte Cordeiro, e da Agricultura, Maria do Céu Antunes, que começou às 14h30 desta quarta-feira, em Faro. O plano resulta de duas semanas de reuniões com os diversos sectores e prevê restrições e cortes em todos eles, do urbano, ao agrícola, passando pelos campos de golfe. Estes consumiram em 2023 respetivamente 75 hm3 (40% para turismo), 135 hm3 e 15 hm3, segundo dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

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