
Época gripal está a ser menos agressiva do que nos anos pré-pandemia. Só piorou a demora entre a admissão e a primeira observação clínica. Equipas reduzidas e jovens e muita burocracia são o travão
Época gripal está a ser menos agressiva do que nos anos pré-pandemia. Só piorou a demora entre a admissão e a primeira observação clínica. Equipas reduzidas e jovens e muita burocracia são o travão
Jornalista
Portugal está a ser assolado pela gripe A e ainda vai a caminho do pico. A situação é má e vai piorar, mas, apesar de não parecer, está melhor do que em anos anteriores à pandemia. A realidade epidemiológica é mais favorável e até são menos os doentes ligeiros a entrar nas urgências, contudo a resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) não acompanha esta tendência. A espera é maior e são menos os doentes vistos. Ficam retidos entre a triagem e a primeira observação pelo médico.
Os dados publicados no portal da transparência do SNS relativos a 2018, 2019, 2023 e ao atual mês de janeiro mostram que há indicadores que melhoraram em relação à pré-pandemia. As estimativas indicam que houve menos admissões associadas a gripe, menores taxas de episódios com diagnóstico de infeção respiratória e ainda menos atendimentos com prioridades azuis e verdes, ou seja, doentes ligeiros que devem ser assistidos fora dos hospitais. Mas no indicador do tempo médio de espera entre a triagem e a primeira observação médica 2023 já tinha um diagnóstico mais reservado.
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