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2024: inteligência artificial, avatares, bots e tutores virtuais

2024: inteligência artificial, avatares, bots e tutores virtuais
Yuichiro Chino

Indústrias criativas e ensino são duas das áreas onde a Inteligência Artificial vai ser usada de forma cada vez mais frequente

2024: inteligência artificial, avatares, bots e tutores virtuais

Isabel Leiria

Jornalista

Se 2023 foi o ano em que quase toda a gente ficou a saber um pouco mais sobre a inteligência artificial, tratou o ChatGPT por ‘tu’ e discutiu riscos e benefícios do desenvolvimento de máquinas cada vez mais capazes de executar tarefas até aqui reservadas aos humanos — e de forma mais rápida e eficaz —, 2024 será provavelmente um ano de menor “excitação” em torno dos desenvolvimentos que, inevitavelmente, continuarão a ocorrer, prevê Paulo Dimas, vice-presidente de inovação da Unbabel e diretor-executivo do Centro para a IA Responsável. “É sempre assim quando surge uma nova tecnologia, gera-se uma excitação que excede aquilo que consegue alcançar. Acredito que o mesmo vá acontecer com a IA generativa e os grandes modelos de linguagem, que o olhar mais catastrofista vai perder força e que isso vai ajudar o poder político a ser mais sensato na regulação”, antevê Paulo Dimas.

Para já, avançou a União Europeia, que no início de dezembro chegou a um acordo provisório sobre a primeira lei relativa à inteligência artificial. O processo legislativo ainda não está concluído, mas em 2024 os paí­ses poderão estar a aplicar já partes da “AI Act”, nomeadamente as que dizem respeito ao que pessoas e empresas não poderão nunca fazer com esta tecnologia, como a recolha de imagens de CCTV para criar bases de dados de reconhecimento facial ou o reconhecimento ou sistemas de IA que “manipulam o comportamento humano para contrariar o seu livre arbítrio”. Nas Nações Unidas a discussão também está a ser feita e até ao final do próximo ano poderá surgir uma recomendação no sentido de ser criada uma agência internacional ou uma convenção, mais ou menos reguladora, como a que existe para a energia nuclear ou para as alterações climáticas.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ILeiria@expresso.impresa.pt

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