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A ansiedade levou Inez às insónias, quando deu por ela tomava comprimidos há 19 anos: benzodiazepinas, a epidemia que não mata, mas destrói

João começou a tomar “calmantes” por automedicação e acabou dependente das benzodiazepinas
João começou a tomar “calmantes” por automedicação e acabou dependente das benzodiazepinas

Portugal é um dos países com maior consumo de ansiolíticos, hipnóticos e sedativos, grupo de medicamentos na maior parte composto pelas BZD e análogos, utilizados no tratamento da ansiedade e alterações do sono

No início, foi a dificuldade em dormir, mesmo quando o filho recém-nascido cedia ao sono, e acabaram por ser três anos de privação. Depois, veio a ansiedade com a pandemia e a situação agravou-se. Quando percebeu, Inez, que tem 50 anos e trabalha na área financeira, já levava 19 anos de dependência de “calmantes”.

João, 45 anos e professor de Educação Física, começou a consumir em casa os medicamentos da mãe. As dificuldades em dormir e a ansie­dade empurraram-no duas a três vezes por semana para os remédios que calavam a angústia. A dose era mínima e mesmo assim descobriu que já não vivia sem as benzodiazepinas (BZD) quando recorreu diariamente aos comprimidos durante umas férias de duas semanas.

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