Se é verdade que a governação de José Sócrates e Luís Amado foi um verdadeiro maná para os intentos líbios de Ricardo Salgado, a de Passos Coelho e Paulo Portas não lhe ficou atrás. A 7 de setembro de 2011, o novo ministro dos Negócios Estrangeiros fez uma visita surpresa à Líbia. Portas reuniu em Bengasi com Mustafa Abdel-Jalil, tendo obtido a garantia do presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT) que todos “os contratos e acordos” estabelecidos com Kadhafi se manteriam “inalterados”, segundo realça Raúl Braga Pires num artigo publicado no Observatório Político.
Há um memorando do BES/Aman Bank que enquadra a visita Paulo Portas à Líbia e através do qual é possível constatar a forma como Ricardo Salgado tenta desde logo aliciar os rebeldes, colocando “à disposição das novas autoridades (...) uma linha de crédito sem garantia de 10 milhões de dólares para a CNT comprar gasolina”.
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