Um quarto isolado, com uma janela e sem nenhuma peça de mobiliário a não ser uma cama que está presa ao chão. Não há televisão e a porta está fechada à chave. É neste espaço que permanecem durante “vários dias” os cidadãos declarados inimputáveis quando dão entrada no Serviço Regional de Psiquiatria Forense do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (antigo Júlio de Matos), segundo denúncias feitas ao Expresso pelos especialistas do serviço, Sofia Brissos e Miguel Vieira. “Estão vestidos com um pijama o tempo todo e impedidos de abandonar o quarto a não ser para ir à casa de banho com supervisão de um técnico e sem se cruzarem com outros utentes.” Se surgir essa necessidade durante a noite, tem de ser suprida no interior do quarto, num vaso sanitário ou “pote”, instalado para o efeito. As refeições são feitas dentro do quarto e está “proibido” o contacto com a família, seja presencial, através de visitas, seja por telefone. São pelo menos “15 dias” nestas circunstâncias, com algumas concessões pelo meio.
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