Entre as pessoas que receiam perder a casa, um terço não teria para onde ir viver, mostra um barómetro da FFMS. Mais de um quarto das famílias já se viram obrigadas a condicionar decisões na vida nos últimos oito anos devido ao acesso à habitação. Os jovens foram mais afetados
Jornalista
Quase dois terços das famílias (62%) que pagam empréstimo ou renda da casa estão a sentir algum tipo de dificuldade em fazer face a esses custos mensais. Entre os 12% que consideram estar em risco de perder a casa onde vivem, um terço não teria para onde ir e precisaria de um apoio social, mostra o primeiro barómetro da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), divulgado esta quinta-feira.
“Os agregados que têm custos com a casa (51%) despendem, em média, 573€ mensais fixos com o empréstimo ou a renda, e os arrendatários do setor privado são aqueles com custos mais elevados (679€/mês)”, conclui o inquérito, focado na atual crise de habitação em Portugal. “Seis em cada dez pessoas sentem algum grau de dificuldade em fazer face aos custos mensais com a habitação, e 13%, ou seja, uma em cada oito pessoas, sentem mesmo grande dificuldade em pagar as despesas."
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