
A sétima e mais longa e extensa onda de calor do ano levou milhares de pessoas a banhos em locais sem assistência
A sétima e mais longa e extensa onda de calor do ano levou milhares de pessoas a banhos em locais sem assistência
Jornalista
O calor que se fez sentir nas primeiras duas semanas de outubro foi um chamariz para banhistas que acorreram a praias, na maioria dos casos já sem vigilância, uma vez que a época balnear está oficialmente terminada em quase todo o país. “Só nos primeiros 11 dias nove pessoas perderam a vida na água: seis em praias sem assistência a banhistas, uma numa praia com vigilância, um outro corpo foi encontrado à deriva na água e outra pessoa morreu no rio”, indica ao Expresso Alexandre Tadeia, presidente da Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores (FEPONS).
“Desde 2021 que alertamos para a correlação entre o aumento do número de afogamentos e o aumento de dias de calor”, frisa. “Com as alterações climáticas, passámos a ter um verão muito mais prolongado, o que torna fundamental ter as praias vigiadas o ano todo”, defende o dirigente da FEPONS. E reforça: “Se Portugal vende turismo, também tem de vender segurança nas praias, e deve fazer como fez em relação aos incêndios, ou seja, prolongar a época e o dispositivo que reforça a segurança.”
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