Um grupo de doze jovens ligados ao movimento Climáximo foi este domingo de manhã levado pela Polícia de Segurança Pública (PSP) para a divisão policial de Cascais, tendo sido sujeitos a identificação, segundo confirmou o Expresso junto da PSP. Os jovens foram libertados só ao final da manhã.
“Foram intercetados vários jovens junto ao hipódromo de Cascais, de manhã cedo. Estavam com tinta e tarjas, e preparavam uma ação ilícita. Foram identificados e constituídos arguidos”, afirmou ao Expresso o oficial de serviço do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP.
O grupo foi levado para a divisão policial de Cascais. Inicialmente foi libertado um dos jovens por ser menor e os restantes onze continuaram detidos ao longo de toda a manhã.
A informação da detenção dos jovens foi avançada num comunicado da Climáximo, movimento pela justiça climática baseado em Lisboa. “Esta manhã, num local público próximo da partida da maratona EDP, em Cascais, dez agentes à paisana, vestidos com o equipamento oficial da corrida, detiveram doze apoiantes do Climáximo que estavam reunidos a conversar, levando-os para a Divisão Policial de Cascais, onde ainda se encontram. Desconhecem-se os motivos da detenção.”
No mesmo comunicado, Maria Mesquita, ativista no local, indica que os polícias nunca identificaram “qualquer base legal” para a detenção. Já o ativista Hugo Fonseca avança que "hoje iria realizar-se uma manifestação pacífica de denúncia aos crimes da EDP, que não aconteceu", sustentando que "foi retirado a estas pessoas o direito democrático à associação, livre circulação e protesto".
Esta semana, os ativistas lançaram vários protestos, bloqueando o trânsito na Avenida de Roma, Segunda Circular e Estrada de São Bento, em Lisboa. Também pintaram de vermelho a fachada da REN e, no sábado, estilhaçaram o vidro da fachada do edifício.
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