A Federação Nacional de Entidades de Reabilitação de Doentes Mentais, que integra cerca de 25 associações que dão apoio a pessoas com doença mental, lançou este sábado um abaixo-assinado em que apela a um reforço das respostas na área da reabilitação e integração social. "As atuais políticas de saúde mental estão muito ligadas ao tratamento. As verbas do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] estão muito orientadas, e bem, para o fortalecimento das respostas na área do tratamento, mas há outras lacunas que têm de resolvidas", aponta Fátima Monteiro, presidente da direção da federação (FNERDM), ao Expresso.
A reforma da saúde mental inscrita no Plano de Recuperação e Resiliência prevê a transferência dos doentes residentes em hospitais psiquiátricos para "respostas residenciais da comunidade", promovendo assim a sua desinstitucionalização. Em março de 2022, o coordenador nacional das políticas de saúde mental, Miguel Xavier, referiu que "já foi concluído o documento estratégico" e que estava naquele momento "a ser preparado o regulamento para lançar um concurso para a criação de respostas na comunidade, financiado pelo PRR, ao qual se poderão candidatar instituições de vários setores". Adiantou também, nessas declarações ao Diário de Notícias, que estaria a ser desenvolvido "um modelo específico de financiamento para a prestação de cuidados aos doentes desinstitucionalizados, estando prevista a criação de 100 respostas até ao final do ano".
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